quarta-feira, 2 de julho de 2008

O Soldado e o Coronel

Narrador
Átila sempre foi um ótimo aluno. Com vinte e um anos prestou concurso para a Academia de Polícia Militar e formou-se com distinção.
Na tropa era um oficial considerado mão de ferro. Excelente atirador e muito corajoso ele ia sempre à linha de frente nos embates com a marginalidade.
Certa vez seu motorista ficou doente e foi destacado outro soldado para dirigir a sua viatura.
Rogério era veterano na polícia. Um humilde soldado, mas também tinha uma folha de serviços invejável. Era um homem de quarenta e oito anos e com muita experiência e forma física invejável apesar de não ser tão jovem. Ele tinha a mesma idade do Coronel Átila de quem pretendia ser motorista.
Mas tinha uma aparência, no mínimo estranha: era enorme, com um metro e noventa e cinco de altura e pesava cento e trinta quilos. Os braços e pernas eram verdadeiras toras e era muito feio. Tinha um aspecto assustador, mas era uma pessoa dócil e gentil.
O Coronel quando viu o novo motorista não gostou. Chamou o Capitão responsável pela escolha e bradou entre sério e brincalhão:

Coronel
Você é cego ou burro?
Não tem nenhum bom senso.
Eu muitas vezes penso
Que merecias um murro.

Escolheu esse motorista
Apenas por brincadeira
Ou quem sabe é cegueira?
Precisas de exame de vista!

Parece que você gosta
De me ver descontrolado.
Traz uma figura descomposta
Pra dirigir do meu lado.

Capitão
Coronel eu não entendo,
Realmente não estou vendo
O que ocorre de errado
Com esse pobre soldado.

Eu bem conheço o Rogério,
É um rapaz muito sério,
E um militar excelente
Há anos está com a gente.

Ele tem excelente folha
E pareceu-me boa escolha.
Ele sempre foi um soldado
De comportamento ilibado.

Narrador
O Capitão tinha razão. Ele mesmo já havia participado de diversas incursões com o Rogério e era um grande admirador de sua coragem e competência.
Mas o Coronel não entendia dessa forma. Para ele a aparência era tudo. Como ele iria visitar autoridades e pessoas influentes com um motorista tão feio. Ele queria um soldado atlético, de ótima aparência e que causasse uma boa impressão. O Capitão achava uma idiotice porque o importante para ele era a competência.

Capitão
Coronel, isso não é justo,
Pois pelo que estou vendo
Ele não é tão horrendo
E não causa nenhum susto.

E eu fico mesmo sem jeito
Com essa ingrata missão
De dispensar o cidadão
Por um simples preconceito.

Desculpe meu Comandante
Mas como oficial adjunto
Peço-lhe que pense no assunto
Não querendo ser arrogante.

Narrador
O Capitão tinha intimidade para falar assim com o Coronel porque eles eram amigos de longa data. Mesmo quando Átila tinha esses ataques de perereca não se esquecia da amizade pelo Capitão, apenas era o jeitão dele e todos já o conheciam. Algumas vezes ele era mesmo insuportável.

Coronel
Capitão façamos o seguinte:
Vamos chegar num acordo
Eu vou contar até vinte
E troque esse porco gordo.

Quero alguém inteligente
Para a minha viatura.
E faça de seu assistente
Essa horrível criatura.

Eu que estou no comando
Isso não está em questão.
Aqui sou eu que mando
E já tomei a minha decisão:

Mantenha-o longe de vista
E isso não é negociável
Então, por favor, não insista
Porque isso é inaceitável.

Essa é uma ordem agora,
Não quero esse elefante.
Eu vou te dar uma hora
Pra trocar esse gigante.

Narrador
O Capitão era amigo do Coronel, mas até certo ponto. Afinal tratava-se de uma instituição militar aonde a hierarquia vem em primeiro lugar. Na verdade ele não teve coragem de revelar a Rogério o verdadeiro motivo de sua dispensa então o chamou e explicou-lhe que, tendo em vista o porte físicom seria um desperdício ele ficar preso a uma viatura. Que ele voltaria para a ronda e outro soldado ficaria como motorista do Coronel.
Rogério ficou muito chateado porque estava cansado de incursões em favelas. Já havia sido baleado duas vezes, então queria uma função onde não precisasse se envolver em missões de risco. Mas era extremamente profissional e respondeu: -Sim senhor, Capitão.

Capitão
A ordem já foi cumprida.
Como ordenado foi feito.
Com obediência e respeito
O Rogério está de saída.

Escalei um outro à altura
Conforme foi determinado
Um soldado fino e educado
Com muita elegância e cultura.

Ele é um novo recruta
E tem uma boa imagem
Não sei quanto a coragem
Mas está feita a permuta.


Narrador
O Coronel Átila olhou de soslaio o novo motorista e concordou com o Capitão. Agora ele tinha um soldado apresentável para dirigir o seu carro. Afinal de contas ele era o dono do pedaço e não precisava de guarda-costas nem atirador de elite porque não tinha confrontos com bandidos desde o tempo de capitão. A sua principal preocupação era com a imagem.

Coronel
Agora foste mais coerente,
Colocando alguém adequado.
Para andar ao meu lado
Sem assustar a minha gente.

Pode até parecer tolice
Mas acho muito importante.
Por que seria chocante
Se um meu amigo o visse.

É um sujeito muito tosco
E além de tudo horroroso
Andar perto desse feioso.
Iria ser um grande enrosco.

Narrador
O novo motorista assume sua função e segue na rotina normalmente e o pobre Rogério ficou na mesma sina de sempre de trocar tiros com a marginalidade.
O Coronel Átila tinha uma rotina imutável. Às 06h00 ele saía de casa e o carro deveria estar aguardando em frente da residência.
Ele pegava a principal via da Cidade em direção ao Centro, onde ficava o Batalhão e vinha lendo o jornal ou falando ao celular. Às 18h00 ele retornava para casa, exceto quando algo o obrigava a ficar até mais tarde.
Foi o que aconteceu naquela segunda-feira. O Coronel retornava mais tarde para casa quando se viu, repentinamente, no meio de um pesado tiroteio entre bandidos entrincheirados dos dois lados da rua em que estavam passando. Ora, quando viram uma viatura policial os marginais esqueceram as rivalidades e abriram fogo contra a patamo.
Diversos disparos atravessaram a viatura e milagrosamente apenas uma bala pegou de raspão na perna do Coronel.
Eles entraram um uma rua sem saída e o Coronel pediu reforços pelo rádio informando a localização.
Por ironia do destino o Rogério estava de ronda exatamente nas redondezas do tiroteio e foi resgatar o Coronel.
Átila e o motorista estavam se defendendo como podiam. Por sorte estavam razoavelmente protegidos, mas eram muitos os bandidos e eles resistiriam por pouco tempo. Para agravar a situação o Coronel não podia locomover-se direito devido ao ferimento.

Coronel
Vamos resistir até o fim,
Mostrar que temos garra,
Não vão me levar assim,
Vai ter que ser na marra.

Não é o primeiro embate
Que com bandidos eu travo.
Talvez esse aqui me mate
Mas lutarei como um bravo.

Esse é o meu trabalho:
Enfrentar esses velhacos
Vou mostrar quanto valho
E o quanto eles são fracos.

Eu sou bravo combatente,
Não me assusta essa matilha.
Não fujo de delinqüentes
E cambada não me humilha.

Se for preciso eu morro,
Porém jamais arrefeço.
Se não vier o socorro
Eu vou cobrar alto preço.

Soldado
Senhor o estrago está feito
Eu não estou vendo saída.
Agora não tem mais jeito,
Vou salvar a minha vida.

Porque eu preciso rever
Minha mulher e meu filho.
Eu não nasci pra morrer
Com o dedo no gatilho.

Desculpe-me meu Coronel
Mas o bicho tá pegando.
Vou pegar o meu chapéu
E vou sair daqui voando.

Narrador
Havia um buraco em um muro próximo de onde eles estavam e o motorista estava tomado pelo medo. Ele estava certo de que morreria junto com o oficial, então correu para esse buraco que dava acesso a uma saída segura atrás do muro de concreto.
Passou pela cabeça do Coronel Átila dar um tiro no Soldado fujão, mas ele controlou-se porque não poderia atingir ninguém pelas costas.
Nesse ínterim chega a viatura com o Soldado Rogério e um parceiro e pára a uns 50 metros do Coronel. Eles estão sozinhos, mas são dois guerreiros valorosos e trocam tiros de igual para igual com a marginalidade. Chega, então, outra viatura e a coisa começa a equilibrar, mas a situação do Coronel é muito critica e precisa ser tomada uma medida urgente ou antes de estar tudo sobre controle o Coronel já estará morto.
O soldado Rogério, então, grita para os companheiros:

Rogério
Vou tentar o resgate
Do nosso comandante.
Sustentem o combate
Por mais alguns instantes.

Protejam a retaguarda
Mantenham cerrado fogo
Que o reforço não tarda
E vamos virar esse jogo.

A raça desse bando pensa
Que a guerra está vencida,
Mas o crime não compensa
Nem essa vida bandida.

Narrador
E lá se foi Rogério, esgueirando-se entre o cerrado tiroteio, sob a cobertura de seus bravos companheiros.
O Coronel ficou emocionado ao ver o Rogério ali para resgatá-lo; logo ele que havia sido preterido por ser um ‘elefante ignorante’.

Coronel
Rogério, soldado valoroso,
Enfrentaste tanto risco
Nesse tiroteio perigoso
Pra colocar-me em aprisco?

A vida, por fim começa
A mostrar-me o bom caminho,
Ela pregou-me uma peça
Deixando-me aqui sozinho.

Quis mostrar-me o engano
E minha terrível injustiça
Naquele momento insano
E enviou-te pra essa liça.

Eu já rezei minhas preces
Porque me deixou o covarde
E graças a Deus apareces!
Com ele eu acerto mais tarde.

Narrador
Rogério emocionou-se ao ver aquele homem, antes tão prepotente pedir-lhe desculpas com humildade. Eles foram, enfim, resgatados e, ao chegar ao Batalhão pediu ao Coronel que não punisse o Soldado que abandonara a batalha porque nem todos têm a mesma índole e a mesma coragem.

Coronel
Mostras nobre coração,
Serás meu fiel escudeiro,
Mais que isso, meu irmão,
Tu serás o meu parceiro.

Tens um caráter ilibado
Demonstras uma alma pura
Por que lutaste ao meu lado
Num momento de agrura.

Aprendi que a aparência
Na verdade pouco importa,
O que vale é a consciência,
O corpo virará carne morta.

Agora eu vejo claramente
Que eu posso contar contigo
E o quanto você é valente,
Muito obrigado, meu amigo.

Narrador
Átila comandou o Batalhão por mais alguns anos. Enquanto ele lá esteve contou com a presença fiel e segura de seu amigo. Ele aprendeu que o corpo é apenas um invólucro e que nem sempre os frascos mais vistosos têm os melhores perfumes.
Hoje os três estão aposentados, mas continuam amigos. Por vezes eles ficam horas relembrando os tempos de caserna e como um ato impensado fez de Átila uma pessoa melhor.


FIM

terça-feira, 1 de julho de 2008

Pedro, o Lenhador

Em algum lugar, há muitos e muitos anos, havia uma floresta na qual moravam Pedro o Lenhador com sua linda família. A casa que ele mesmo construíra era simples e aconchegante. Pedro mantinha rigoroso controle da floresta e cultivava mudas de carvalho em uma estufa de responsabilidade de sua esposa Helena e dos filhos Júnior e Deusa. Para cada árvore cortada outra era plantada no lugar.

Helena
Pedro, levanta que as cotovias
Já te chamam pro batente.
A cigarra lá fora anuncia
Um dia gostoso e quente.

Teu lanche já está na mesa,
Hoje está farto o rango.
Tem geléia de framboesa
E tem doce de morango.

Pedro
Helena não pise em meu calo
Que o dia inda está a raiar.
Pra que acordar o galo?
Me deixa em meu lugar.

E joga o travesseiro no rosto de Helena que o abraça sorrindo.
Dava gosto de ver aqueles dois sempre de bom astral e se amando. A casa era quente e aconchegante, principalmente pelo grande calor humano nela encerrado.

Pedro sai e agora Helena tem que acordar as crianças para irem à escola que fica em um vilarejo próximo.

Helena
Levanta, Júnior levado,
Anda, Deusa pimentinha,
Os dois estão atrasados,
Vão saindo da caminha!

Já espera vocês o mestre,
Vão à escola; vão sorrindo,
Sorvendo esse ar campestre,
Curtindo esse dia tão lindo.

Helena tinha muita dó das crianças. A floresta é fria no inverno e até mesmo em boa parte do verão. Mas a responsabilidade faz parte da formação e ela não quer que os dois tenham um viver duro como o do pai que tem uma vida confortável, mas à custa de muito esforço. Por sorte o homem é um touro.

Pedro
Trabalho! Trabalho! Trabalho com gosto!
Acordo contente, com o ego disposto.
Eu vivo a vida, pois a vida é uma festa,
Sou bravo guerreiro na minha floresta.

Dos braços tão fortes eu tiro o sustento,
Sou ágil e bravo. Eu corro com o vento,
A lida diária eu encaro sem medo,
O dia começa e começa bem cedo!

E o tempo passa... Pedro agora tem 30 anos e é uma máquina de trabalhar. É bonito e cativante. Helena também está uma belíssima mulher, companheira e amiga, sempre pronta a ajudar o marido e as (eternas) crianças a vencerem os obstáculos da vida.
Deusa termina o ensino médio um ano antes de Júnior, pois é um ano mais velha. Concluiu com louvor e recebeu o merecido diploma. Nesse dia Pedro não foi trabalhar. Fez questão de prestigiar a filha na festa de formatura. Ele só não sabia que iria conhecer o futuro genro...

Pedro
Eu sinto um prazer infindo
Por tanta graça alcançada.
Deus deve estar sorrindo
Com a alma engalanada.

Mostra-me um belo cenário,
Minha filha se formando,
O canto de mil canários,
Um Sol me iluminando.

Graças, Senhor, pela vida!
Estou tão feliz nesse dia.
Ver minha filha querida
Transbordando de alegria.

Apesar de humilde, o colégio era muito bom e Deusa tinha conquistado um importante marco. Falar em marco, esse era o nome de seu pretendente que ela timidamente chama para conhecer o pai.

Deusa
Marcos pede minha mão
Ao senhor, meu pai amado.
Abençoa essa união
E caminha ao nosso lado.

Tu és meu forte pilar,
De ferro e de concreto,
É tão fácil caminhar
Tendo você por perto.

Ao ver o sogro no alto de seus quase um metro e noventa Marco fica um pouco intimidado. Mas Pedro logo abre um sorriso e quebra o gelo, esticando a mão para o futuro genro.

Pedro
Tu foste por minha filha
O bom varão escolhido,
Então tua estrela brilha,
Serás outro filho querido.

Tens as chaves de minha casa,
Bem-vindo ao nosso rebanho.
São bem grandes nossas asas
E um outro amigo eu ganho.

Marco fica sem palavras. Não esperava que o pai de Deusa fosse tão legal, embora ela vivesse afirmando isso, ele emocionado, responde:

Marco
Eu sou honesto e honrado,
E Deusa é o meu galardão.
Eu vivo um sonho dourado,
Palpita o meu coração.

Serei mais um feliz membro
Dessa família singela;
E confesso, não me lembro
De outra data tão bela.

Pedro chama Helena e conta a novidade. A mãe fica encantada com o jovem. Vê-se que é educado e de bem. Abraça o casal fraternalmente e os convida a visitar a casa da família:

Helena
Nosso viver é honroso
E nosso lar é modesto
Mas é quente e generoso.
O resto é apenas resto.

Eu percebo em teu olhar
Que serás um bom marido,
Não costuma me enganar
Esse meu sexto sentido.

Pedro e Helena levam os pombinhos para almoçarem na casa deles.
Estão todos radiantes de felicidade. Naquele lugar é costume os jovens casarem-se em tenra idade.
Júnior é um belo rapaz, cheio de pretendentes, mas ainda não fez nenhuma escolha. Ele ficou contente por conhecer o cunhado que em futuro ainda um pouco distante irá desposar a sua irmã.
No ano seguinte é a formatura do jovem. Seu pai, entretanto ainda não irá conhecer a futura nora nesse dia.
O jovem está especialmente feliz, pois conseguiu uma bolsa de estudos em um excelente colégio na Capital. Pedro fica um pouco triste, pois sabe que o filho só estará em casa nos fins de semana, mas, por outro lado, o garoto terá o futuro praticamente garantido.

Pedro
Meu ser está pleno de felicidade,
Outro dia de júbilo me espera.
Não é um sonho. É pura realidade,
É uma doce e divinal quimera.

Um filho que vale um tesouro,
Ou melhor, vale muito mais ainda,
Porque nem a prata nem o ouro
Iriam pagar essa alegria infinda.

Júnior
Também te amo, meu pai
E quero que não te esqueças:
Pra onde o meu corpo vai
Estás em minha cabeça.

Pra nós o longe é perto
Porque somos taça e vinho.
Tu apontas o caminho certo
Eu não vivo sem teus carinhos.

E a vida continua na abençoada família. Deusa termina o ensino médio junto com o noivo e ele consegue um emprego onde recebe um salário não muito alto, mas o suficiente para começar a preparar o enxoval para o casamento.
Deusa torna-se extremamente prendada. Aprende pintura a óleo na oficina de artes do colégio as quais passa a vender por um bom preço.
Júnior termina o ensino médio e já está matriculado no curso de Arquitetura em uma faculdade federal, tendo em vista ter passado com louvor no vestibular.
O tempo passa e ele também conhece sua princesa com a qual se casa após formar-se.
Deusa casara-se um ano antes com Marco e vivem em uma casa próximo à de Pedro.
Deusa presenteia o pai com uma linda neta risonha e saudável que vem dar uma nova luz àquela casa já tão abençoada.
Júnior tem dois gêmeos também lindos. Ele trabalha na Capital, mas freqüenta assiduamente a casa de Pedro, a qual os garotos adoram. De uma família tão unida não se podia esperar outra coisa.

Narrador
Pedro, Deusa, Júnior e Helena,
Uma família pequena
Mas repleta de calor
Comungando imenso amor.

Agora ainda está mais bonita,
Tem gatinha com laço de fita,
Tem dois moleques levados
E gritos pra todos os lados.

É tão sublime o afeto
Que eles nutrem pelos netos
Que a palavra me embarga
Com tão poderosa carga

Que brotou dessa semente
E trouxe os pinguinhos de gente
Pra abrilhantar a família
Que agora ainda mais brilha.

O amor é o sentimento mais sublime legado por nosso Senhor eu sua Lei máxima. Sem amor nada vale à pena.

Narrador
Não vingam tâmaras em espinheiros,
Se tu queres amor tens que amar primeiro
Siga do bom Deus os Mandamentos
E tenha por recompensa bons momentos.

Aqui essa singela historia termina
E ela com sapiência nos ensina
Que a vida no mundo tem mais valor
Se sabemos dividir o nosso calor.



FIM


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