domingo, 7 de setembro de 2008

Amanhecer

*
Está dormindo a aldeia
Quando os primeiros albores
Do Sol lança suas cores
E o horizonte incendeia.
Na praia a alva areia
Forma dunas caprichosas
E a brisa deliciosa
Traz cheiro de maresia
E vai nascendo meu dia
Como um botão de rosa.

Das ondas a branca crista
Em um debrum delicado
Parece que foi bordado
Por competente artista.
E a água verde-ametista
De aparência brumosa
Vem numa onda vadia
E aos meus pés acaricia
Enquanto nasce o meu dia
Como um botão de rosa.

O albatroz já revoa
Cavalga nas asas do vento
Vai procurar alimento
Com a primeira canoa.
Um pássaro triste entoa
Com sua voz maviosa
A primeira melodia
Para puxar cantoria
Saudando o nascer do dia
Como um botão de rosa.

As aves singram o espaço
O ar aos poucos se aquece
E enquanto o dia amanhece
Sobe do chão um mormaço
E a vida segue em compasso
Numa rota caprichosa...
Sempre na mesma harmonia
Na mesma coreografia
Assim nasceu o meu dia
Como um botão de rosa.

8 comentários:

Isaías Gresmés disse...

Que belo nascer de dia Josafá. Feliz é aquele que recebe de Deus um dia tão belo quanto um botão de rosa... Já pensou quando esse botão desabrochar? Parabéns mestre, adoro o seu estilo; não fica devendo para nenhum grande poeta que já brotou neste solo chamado brasil. Sou seu fã e lê-lo me trás grande satisfação.

Unknown disse...

Josafá, como sempre, belo o seu poema, simplemente maravilhoso.
FelipeMMaia

Luar do Conselheiro disse...

Confrade Radiante
(Para Josafá Maia da Costa)

Qual espectro, azul e florescente
Num lampejo de aurora fulgurante
Eis então este lorde triunfante
De centelhas de amores gloriosos
Sertaneios de galopes não ditosos
Num versejo de alhures ruminado
Cavalgando um martelo agalopado
Sendo simples com seus olhos de brilhante
Vira estrela meu confrade radiante!
Nos mistérios deste céu todo estrelado.
Sejas sempre moleque amalucado
Com rompantes de ode declamada
Seja pétala de sonho amalgamada
E regalo de amores suntuosos
Num repente de riachos caudalosos
Seja pedra por Baco edificada.
Sinto falta da letra rabiscada
Um poema de lirismo qual infante
Num remoto atual rápido instante
Mais um brilho nesta noite estrelada.
Verso lasso num compasso diamante
Desmantelo de cenário e nevoeiro
Sentimento de um rastro forasteiro
E tristeza do vazio já dominante
A presença me faz falta doravante
Desde o olho cruzado então primeiro
Tire este meu coração de tal aceiro
Antes que a tristeza nossa então me mate.
Temo que não me socorra amigo vate
Caso eu precise do teu paradeiro.

Luar do Conselheiro.

Lazy Dany disse...

Vi um de seus poemas numa comunidade do orkut, atravez desse encontrei o endereço do blog, gosto muito do que voce escreve.
Deixo aqui meus votos para que o seu livro saia, e explesso minha admiração.
Abraço.
Daniela Czar

Anônimo disse...

Faço esse comentário apenas para expressar o meu encantamento pelo seu trabalho Josafá Costa, encotrei uma de suas poesias em uma comunidade do orkut, atraves desta, encontrei seu blog.

Anônimo disse...

oi gostei muito das suas poesias
mas so um comentário..
da um visitadinha nas minhas..
são curta e ocupa menos tempo..
porque as suas são longas demais
da ate sono.. quero saber qual a
diferença.. das curtas e longas..
boa sorte...

Poemas e Pensamentos Avulsos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Poemas e Pensamentos Avulsos disse...

Belo poema, digno de um mestre..tbm escrevo poemas...dá uma passadinha no meu blog..abraços
www.alccosta.blogspot.com