Nesse mundo onde fico,
De onde vem a inspiração,
Eu ouço Alceu e Chico,
Nas letras de uma canção,
Passo meus bons momentos,
Criando doces poesias,
De sorrisos e lamentos,
De tristezas e alegrias.
Então surgiu-me a idéia
De cantar nossos artistas,
Separando na bateia
A preciosa ametista.
Elba e Zé dois cantadores,
Paraíba, tu nos deste,
Cantam a luta e as dores
Dos meus irmãos do Nordeste,
Tem um que é genial,
Toca em chaleira e bacia,
Seu nome: Hermeto Pascoal,
Em tudo ele vê melodia.
Veio o Luiz, lá do Norte,
Com sua voz de trovão,
Trazendo seu canto forte
Nas asas de um baião,
E pra aumentar o seu brilho,
Ele veio acompanhado,
Pelo Luiz, o seu filho,
Compositor arretado.
É tão rico o cancioneiro
Por esse Brasil inteiro,
Tem cantor, tem violeiro,
Tem tambor e tem pandeiro.
Da Bahia veio a Gal,
Bethânia e Caetano Veloso,
Gilberto Gil Genial,
Formando o Quarteto famoso.
O Geraldinho Azevedo
Merece também ser citado,
Soltando sua voz sem medo
Como pássaro encantado.
Do Ceará veio um bardo
E em boa companhia,
Ele se chama Ednardo,
E é um mestre na poesia.
O Raimundo, ave tão rara,
Mais parece um colibri,
No último pau de arara
Deixou o seu Cariri,
Fugiu da sede e da fome,
Que é flagelo tão antigo,
Vergonha vil e infame.
Um verdadeiro castigo.
Tem Osvaldo Montenegro
Ao som dos seus bandolins.
Tem Milton, famoso negro
Belchior e Ivan Lins.
E a nossa lenda viva,
Cantando o Brasil com fé,
A mais linda patativa,
Orgulho de Assaré.
Simone, de voz de ouro,
Grande nome brasileiro,
E outro grande tesouro,
O nosso Zeca Baleiro.
Outro Zeca que me encanta,
Eu cito com muito carinho,
Nos empolga quando canta,
O soberbo Pagodinho.
E tantos e tantos outros
Existem de grande valia,
Que não cabem tantos monstros
Nos versos de minha poesia.
É tão rico o cancioneiro
Por esse Brasil inteiro,
Tem cantor, tem violeiro,
Tem tambor e tem pandeiro.
segunda-feira, 30 de junho de 2008
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Um comentário:
Viva o cancioneiro brasileiro. Abaixo o "cancer-neiro brasileiro"
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